Segundo a CEO do Grupo She, Claudia Angelica Martinez, a preparação para o inesperado é uma habilidade essencial para qualquer empresa. Muitos riscos são conhecidos e podem ser previstos com uma boa gestão de riscos, mas o grande desafio está em identificar e lidar com os ditos “riscos não mapeados”.
Esses riscos, que muitas vezes não aparecem em planos tradicionais, podem ter um impacto significativo nos negócios, e estar preparado para eles pode ser a chave para a sobrevivência e crescimento da empresa. Neste artigo, exploraremos como as empresas podem identificar alguns tipos de riscos não previstos e o que podem fazer para se preparar melhor.
Quais são os tipos de riscos não previstos?
Os riscos não previstos podem surgir de várias fontes, incluindo mudanças repentinas no cenário econômico, desastres naturais, e até cyberataques, como ressalta Claudia Martinez. Muitas vezes, esses riscos não são mapeados por falta de informações históricas ou porque a empresa está focada apenas em riscos mais comuns, como financeiros ou operacionais. Porém, ignorar essas possibilidades pode deixar a empresa vulnerável a eventos que afetam profundamente sua estrutura e seus resultados.
Além disso, os riscos não previstos podem vir de dentro da própria organização. Mudanças internas, como a saída de líderes-chave ou falhas tecnológicas inesperadas, também podem causar grandes problemas. Por exemplo, de acordo com Claudia Angelica Martinez, empresas que dependem fortemente de inovação ou de novas tecnologias podem ser pegas de surpresa quando uma tecnologia se torna obsoleta mais rápido do que o esperado, ou quando ocorre alguma falha geral, como no caso recente da CrowdStrike.
A identificação desses riscos
Para se preparar melhor para os riscos não mapeados, é essencial adotar uma abordagem mais proativa e abrangente. Uma das maneiras mais eficientes de identificar esses riscos é através de uma análise constante do ambiente externo e das tendências emergentes. Empresas que monitoram de perto os movimentos do mercado, mudanças políticas e ambientais, além de novas tecnologias, têm mais chances de detectar riscos em potencial antes que eles se tornem problemas sérios.
Conforme menciona a CEO do Grupo She, Claudia Martinez, outra ferramenta poderosa é o incentivo à comunicação. Quando as equipes de diferentes setores compartilham informações e experiências, é mais provável que sejam identificados riscos potenciais que poderiam passar despercebidos por uma visão mais centralizada. À vista disso, sessões de brainstorming e workshops podem ser eficazes para identificar vulnerabilidades que não foram mapeadas anteriormente.
Quais são as melhores práticas para se preparar para o inesperado?
Para enfrentar riscos não mapeados de maneira eficaz, uma boa prática é construir uma estrutura de resiliência, como pontua Claudia Martinez. Isso pode ser feito através de um plano de contingência flexível, que permite que a empresa se adapte rapidamente a diferentes cenários. Ter uma reserva de caixa e recursos extras, bem como treinamentos regulares para a equipe, são formas de garantir que a empresa tenha condições de se adaptar em momentos de crise.
Além disso, a diversificação pode ser uma estratégia valiosa. Empresas que dependem muito de um único mercado, produto ou fornecedor tendem a ser mais vulneráveis a riscos não previstos. Portanto, ao diversificar suas fontes de receita, produtos e até sua cadeia de suprimentos, a empresa cria mais opções e resiliência para lidar com o inesperado.
As chaves para enfrentar o imprevisível
Embora seja impossível prever todos os riscos que uma empresa pode enfrentar, é possível se preparar melhor para o inesperado ao identificar potenciais fontes de problemas e desenvolver uma cultura de resiliência. Desse modo, a chave está em adotar uma abordagem comunicativa, diversificada e flexível. Empresas que investem em monitoramento constante, comunicação interna e planos de contingência vão estar mais preparadas para enfrentar os possíveis desafios que surgirem.