Conforme elucida Paulo Twiaschor, a construção modular é um método de edificação onde os componentes de uma estrutura — conhecidos como módulos — são fabricados fora do local definitivo, geralmente em ambientes controlados como fábricas, e posteriormente transportados para montagem final no canteiro de obras. Essa abordagem está ganhando espaço globalmente por oferecer soluções mais rápidas, econômicas e sustentáveis, especialmente em grandes projetos de infraestrutura, saúde, educação e habitação.
Com avanços tecnológicos e mudanças nas demandas do setor da construção civil, o modelo tradicional de obras longas e sujeitas a intempéries vem sendo desafiado por essa alternativa industrializada, que permite maior previsibilidade, controle de qualidade e agilidade na entrega. Confira!
Como a construção modular está transformando os prazos de entrega?
Uma das maiores promessas da construção modular — e onde ela mais se destaca — é a significativa redução nos prazos de entrega. Como a fabricação dos módulos ocorre simultaneamente à preparação do terreno e das fundações, os cronogramas das obras passam a ser otimizados em paralelo, em vez de sequencialmente. Além disso, o ambiente fabril permite a execução das etapas de produção com menos interferências climáticas e com uma logística mais previsível.
De acordo com Paulo Twiaschor, projetos que antes levavam anos para serem concluídos estão sendo entregues em meses, o que é especialmente valioso em obras urgentes como hospitais, escolas ou complexos industriais. Essa agilidade também representa economia indireta, ao reduzir custos com mão de obra prolongada, equipamentos de aluguel e riscos de atrasos.
Quais são os principais impactos no controle de custos?
O modelo modular contribui fortemente para o controle e até a redução dos custos globais de um projeto. A produção em ambiente industrial permite um planejamento mais rigoroso do uso de materiais, diminuindo o desperdício e otimizando o estoque. A padronização dos processos reduz a necessidade de retrabalho e aumenta a eficiência da mão de obra, que passa a ser mais especializada e menos exposta a riscos.

Além disso, Paulo Twiaschor explica que o prazo mais curto impacta diretamente no custo financeiro, já que encurta o tempo de investimento antes do retorno. Em muitos casos, embora o custo inicial de planejamento e instalação da linha de produção modular seja maior, o retorno sobre o investimento compensa rapidamente devido às economias geradas na execução.
Como o setor da construção está se adaptando a essa revolução?
Construtoras e incorporadoras estão, pouco a pouco, adaptando suas estruturas e processos para incorporar soluções modulares. Segundo Paulo Twiaschor, isso exige investimentos em tecnologia, capacitação de equipes e reformulação dos métodos de trabalho. Grandes empresas do setor têm firmado parcerias com fábricas especializadas e desenvolvido seus próprios centros de produção.
Arquitetos e engenheiros estão sendo desafiados a pensar “de forma modular” desde o início dos projetos, o que representa uma mudança de mentalidade significativa. Ao mesmo tempo, universidades e centros de pesquisa têm ampliado estudos sobre o tema, fomentando inovações e normativas específicas. Ainda estamos em um processo de transição, mas os sinais são claros que a industrialização da construção veio para ficar.
Em suma, o futuro da construção modular parece promissor, como pontua Paulo Twiaschor. Em grandes projetos — como complexos industriais, habitações populares, hospitais e obras de infraestrutura pública —, a construção modular tende a se tornar uma opção cada vez mais atrativa. Para os gestores e investidores, isso representa não apenas uma alternativa mais barata e rápida, mas uma nova forma de pensar e planejar o futuro das cidades.
Autor: Dmitry Mikhailov